domingo, 19 de junho de 2016

Bigodon!



Porque você faz com que eu me sinta sem obrigações, me deixa livre pra sentir o que quiser gemer da maneira que quiser,  fechar os olhos e sentir. Sentir o prazer que recebo de você e que você faz questão de fornecer sem esquecer nenhum detalhe. Penetração não se torna a coisa mais importante, pois você sabe explorar cada parte do meu corpo, apenas com toques, lambidas, beijos.
Você que me toca suavemente com seus dedos,  encontra o ponto certo do meu prazer e deixa  seus dedos passarem pelo meu clitóris. E eu fico em um estado de leveza, não consigo abrir os olhos, deliro e relaxo. Meu corpo é envolvido por alguma anestesia diferente,   onde não me mexo, mas ao mesmo tempo sinto todas as sensações possíveis.
Quando usa sua língua e deixa sua  barba e bigode roçar em minha vulva, impregno  meu cheiro neles, para que você possa lembrar de mim depois. Morde meus seios, me devora por inteira. E eu entro na dança desse vai e vem que é colocar seu falo entre meus seios, enquanto segura meu rosto, me olhando com um cara de posse. Sou tua.  Possua!
Viro sua refém quando você vem por trás e me penetra. Sua suavidade de antes se transforma na intensidade desses nossos movimentos que faz com que nossos corpos virem um só. Viramos um. Conectados pelos nossos desejos.  E quando o vulcão entra em erupção, suas larvas  veem junto com a toda a libertação dos meus desejos trancados e que poucos conseguiram expulsá-los de mim. Você  conseguiu e eu agradeço!

Finaliza sempre do mesmo jeito...

Mão com mão, abraços, beijos, roça seu bigode na minha orelha.


 Prontos para o sono dos justos, depois de uma pequena morte e a ressurreição.

(Karlinha Ramalho)

O que venho sentindo...


Ao longo do dia não sinto essa carência e nem a cutucada dessa solidão que eu mesma escolhi. O dia é tão cheio que não deixo brecha para angústia. O problema é minha casa. Grande, fria, silenciosa e vazia. Não tenho necessidade de você toda hora, mas bem que você poderia está em minha cama quando chego da rua e tudo que desejo é me senti segura e quente.
Ainda resta uma cerveja na geladeira. Bebê-la é como um relaxante para os meus músculos cansados do dia. 
A solidão só dói nessas horas.
(Se tiver sorte, acho uma "ponta")


(Karlinha Ramalho)