quarta-feira, 19 de abril de 2017

Me perder pra me encontrar!

Realmente,  o Retorno de Saturno é uma fase de divisor de água na vida das pessoas, comigo não foi diferente, desde meus 28 anos, estou vivendo coisas tão intensas, sofridas e libertadoras que veem me transformando muito. Tento absorver o bom de tudo e tentando me tornar alguém melhor. Hoje, tomando remédio controlado, consultando psiquiatra e psicólogo, além de está super ativa no centro espírita, posso perceber o tanto que estive perdida nessa vida e se nenhum amor deu certo durante todo esse tempo é porque nem eu estava dando certo pra mim mesma. Cheia de mágoas e traumas, tentando ser uma pessoa que não era, hoje reconheço todos minhas falhas e nessas superações de falhas me sinto mais verdadeira e mais forte.
Depois de 18 comprimidos tomados de uma vez e uma semana internada para desintoxicar, eu nasci de novo e minha vida começou a mudar a partir daquele momento. Eu desci ao fundo do poço, mas tive força pra subir e hoje começo uma nova história, ainda cheia de altos e baixos, mas dando passos tranquilos e cada dia tentando me encontrar.
Sobre amor, descobri que minhas relações nunca deram certo, porque eu não estava preparada para amar ninguém e nem pra viver relações. Nunca vivi uma relação saudável, primeiro porque foram muitos traumas acumulados, abusos que nunca tive coragem de trabalhar em mim e toda pessoa que se aproximava de mim me admirando, fugia logo depois, assustado com todo o meu descontrole.
Remédios, terapias psicológicas e espirituais, amigos verdadeiros é o que veem  me fortalecendo nesse processo.  Conheci um amor, uma pessoa que ficou comigo em meio a esse turbilhão de coisas, conheceu a verdadeira Karla, cheia de medos e traumas, foi uma pessoa que magooei algumas vezes e que me magoou também, mas não desistiu de mim. Mesmo que daqui pra frente  ela não queira ficar comigo, ter essa pessoa na minha vida foi tão importante nessa minha trajetória de cura, ao lado dela eu tentei  e ainda tento ser uma pessoa melhor, não tenho medo de assumir  minha fragilidades e assim me sinto mais fortalecida.
Quero está bem comigo mesma, quero aprender a me amar de fato, para assim, oferecer esse amor puro e bom para alguém. Se 2016 eu morri, em 2017 eu renasci. Renasci outra mulher, uma mulher que assume  o que faz,o que diz, que acredita que o melhor está por vir e não vai desistir enquanto encontrar sua paz e sua felicidade.

Karlinha Ramalho


“Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro...” (Belchior)