Sabe
aquele momento de reflexão que você para pra pensar em todos os seus romances e
até na sua vida como um todo. Pois é, estou nele exatamente, acho que porque agora
eu estou em uma cama de hospital, mas está tudo bem, não estou à beira da
morte, apenas em observação.
Ainda
bem que meu pai trouxe o meu notebook, assim o tempo passa mais rápido.
Fiquei
pensando que poderia morrer sem viver um grande amor e se isso seria bom ou
ruim, aproveitar a vida eu aproveitei bastante, mas viver um grande amor foi o
que me pegou nesse momento de reflexão. Será que é certo alguém morrer sem
viver um grande amor?
Mas
fazendo essa revisão quase final da minha vida, o último romance que tive,creio
que foi um grande amor. Ele é recente e antigo ao mesmo tempo, começamos na
faculdade, quando morava em outro estado,
depois perdemos o contato quando voltei para Brasília e do nada em uma
festa qualquer em Goiânia nos reencontramos.Nos
reencontramos e voltamos.
Começamos
a nos encontrar uma vez por mês, no primeiro fim de semana de cada mês eu viajava
pra Goiânia e ele me buscava na
rodoviária ou na casa da minha prima, eu sempre fumava “hum” antes de me
encontrar com ele, pois sabia que ele não gostava, na maioria das vezes ele nem
percebia...rs.
Nunca
gostei de homens muito “engomadinhos”, mas dele eu gostava, pois sabia que essa
produção era toda pra mim, pra me ver!
Sempre
saíamos pra dançar, soltos ou agarradinhos, ou então pra ouvir um rock,
namorar, beijinho pra lá, beijinho pra cá e
bulinação por debaixo da mesa.Ele é um cara super inteligente e o que curtia ainda mais é que ninguém ficava
medindo intelectualidade, conversávamos sobre besteira, nosso dia, nossa vida,
piadas, risadas, beijinhos, pessoas...Tão bom!Uma vez passamos em várias boates
e todas super lotadas, filas enormes, acabamos indo para uma boate gay,
dançamos e bebemos pra caramba, nunca me esqueço desse dia.
Depois
sempre íamos pra casa dele, dormia sempre por lá, nosso sexo já começava no carro
(adoooroo), depois continuava pela noite toda na sua cama. Como era bom, mas hoje fico comparando todos os homens que fico com ele, sei que fazendo isso nunca vou
esquecê-lo tão cedo, mas não consigo.
Tenho
que admitir que ele não é um cara bem dotado(não mesmo), mas ele me satisfazia,
devia ser porque me entregava por inteira pra ele, era eu mesma , naquele
momento.Dormíamos juntos e logo cedo aquele sexo matinal pra começar bem o dia.
Ele
me deixava na casa da minha prima e eu ia sair com ela, à gente enchia a cara
na capital goiana, voltava pra casa dela e meu benzinho ia lá me ver e nós
três, quer dizer, nós quatro, pois o namorado da minha prima sempre colava, enchíamos
a cara. Ele sempre acabava dormindo lá comigo e no domingo me deixava na
rodoviária pra eu pegar o ônibus pra Brasília e eu levava comigo tudo de bom
que ele me proporcionava, torcendo para que o mês passasse logo pra poder
voltar pra Goiânia e rever meu gato.
Essa
foi a minha última lembrança antes da minha morte, mas todos sabem que eu sou
meio ruinzinha e não costumo morrer tão fácil assim. Recebi alta e já estou
pronta pra mais uma aventura!
Pois
esse meu amor verdadeiro, foi mesmo verdadeiro, mas já passou, como tudo passa em minha vida, sempre
escapando pelos meus dedos...
“Quando a gente ama
Não pensa em dinheiro
Só se que amar..."(Tim Maia)
2 comentários:
Tudo passa pela vida
Até a morte
E quantas vezes nós morremos!
Ah... Grandes amores... Será errado alguém morrer sem ter um?
Não sei... Nunca fui dos grandes amores, sempre das grandes paixões, sempre sentidas apenas do meu lado, muitas vezes platônicas, e das poucas vezes correspondidas, sempre me dava mal, sempre acabava sozinha, deprimida e sofrendo por amar demais. Não me acho mais capaz de grandes amores. Acho que posso construir uma vida ao lado de alguém... No momento escolhi alguém com quem achava que poderia construir um vida, hj acho que podemos nos dar bem juntos por algum tempo mais, mas apenas isso.
Não seria ruim achar um grande amor, mas de preferencia que fosse correspondido, que tivesse os mesmos objetivos e que me desse tbm um pouco de loucura as vezes... Mas a que se resume a vida, senão a querer coisas que nunca conseguiremos obter? E se por ventura as obtivermos, logo enjoamos e queremos algo novo, algo que não mais reside no que temos hoje...
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