Na sociedade da autoafirmação, dos conflitos, dos estereótipos e do
preconceito, vivemos um período onde as relações estão em crise. Vou falar
aqui, sobre as relações amorosas dos héteros.
Nós mulheres ainda precisamos de muita luta pra estarmos em pé de
igualdade com os homens, nessa sociedade totalmente patriarcal(voltada para os
interesses deles). Andamos a passos lentos para um processo de libertação, mas
andamos...
Quero fazer uma análise das relações de hoje, inspirada nas minhas
experiências e de algumas amigas próximas.
Vou começar falando sobre a paquera:
Ai como eu adoro paquerar!!! Não sou adepta desse tal de “tinder”,
não troco uma paquera em uma balada ou em qualquer outro lugar, por um encontro
marcado virtualmente.
Olhares... Adoro olhares! Já fico a fim do cara, só pelo jeito dele
olhar. Nada melhor do que aquele momento quando na balada os olhares se cruzam,
preparando o terreno pra uma aproximação.
E se a aproximação for bem feita, descontraída, papo legal e tal...
Melhor ainda! Se o cara for bom de papo já me conquista, fácil. Se rolar sexo
depois é vantagem, aliás, ficar só de beijinho é coisa de adolescente, né! Mas
tem que tá a fim... Se o sexo for bom, já rola uma troca de contatos e vamos
de zap zap, porque ligar pra alguém hoje em dia é raridade.
Vamos ao que realmente interessa!
Primeira questão:
Quem tem medo de mulher empoderada?
Muitos homens, muitos mesmo...É muito mais fácil para eles se
relacionar com uma mulher que ainda está oprimida(sem ter consciência disso) e
que fica atrás sempre, do que se relacionar com uma mulher que sabe o que quer,
que não vai morrer pelo cara, e vai se apaixonar sem ser submissa.
Adoro me jogar nas relações, adoro "romancinho", adoooorooo!
Romancinho nem precisa ser relacionamento sério... Apenas uma ligação em um fim
de semana qualquer, pra sair, cineminha, uma transa legal. Mas acontece é que a
maioria dos homens acham que quando ligamos fazendo esse convite é porque já
estamos morrendo por eles. Eles, em sua maioria covardes, começam a nos a
“tirar de tempo”. Eu sou adepta do seguinte trato: Não quer mais ficar, dá
idéia, não precisa tratar mal, aliás, ninguém é obrigado a ficar com ninguém.
Segunda questão:
Tudo bem que geralmente as pessoas ficam com mais de uma pessoa, nas
suas relações casuais. Eu mesmo faço isso. Mas tem que ter uma organização, aí!
Ficar com outra na frente daquela que ficou no dia anterior é horrível. Pois é!
Muitos homens têm mania de fazer isso. Meu Deuuuuuus!!!! O mundo não gira em
torno do pau de vocêeeeees!
Terceira questão:
Por que precisamos nos boicotar quando estamos gostando?
Tipo: “Não fica mandando recado não, senão o cara some”. “Não fala que
está gostando”. Uai! Por que preciso ficar fazendo coisas que não quero fazer,
pensando no que o cara vai pensar.? Se eu estou a fim de ligar, eu ligo,
se estou gostando, eu falo mesmo. Jogo a real! E se o cara não quiser...Paciência!!!!Partir pra próxima! Uma amiga do babado chama esse auto boicote de:
JOGUINHO DE HÉTERO. Adoreeeeeei!
Quarta questão:
Que medo é esse de se relacionar?
Creio que muitos homens ainda têm o pensamento de que se começarem a
namorar, vão acabar com sua vida social. Como assim? Namoro é
compartilhamento, é divertir junto ou com a galera também. Eu mesmo
adorava sair com meu ex namorado, tomar todas, enfiar o pé na jaca e depois
transar super bêbada(convenhamos que muitas de nós ficamos duplamente safadas quando
estamos bêbadas). Eu só namoro um cara que tem os mesmos gosto que o meu e que
goste de fazer as mesmas coisas.Se não gostar, a gente se adapta um ao jeito do
outro, porque relação também é ceder, contanto que venha dos dois lados. E
também rola de fazer programas sozinhos,cada um pro seu canto, sem cobranças e
com confiança.
Quinta questão:
Ar novinha? Ar novinha? Pelo amor de Deus! Não troco os meus quase
trinta anos de toda experiência, maturidade e desenvoltura sexual, por um
novinha. Uma pergunta: Qual a idade dessas novinhas mesmo?
Conclusão:
É muito mais difícil para nós mulheres libertas, encontrarmos alguém.
Porque a maioria dos homens não evoluíram para essas questões. Mas isso não me
deprime, não. Vou por aí, caçando nas minhas paqueras e se achar um cara,
um pouquinho machista e rolar um envolvimento, eu educo.Admito isso!
Vivemos em uma sociedade machista e o homem perfeito não existe.
Agora se for um machistãaaaaaao, aí não tem jeito. É cair fora!
Não precisamos nos submetermos a situações com medo de ficarmos
sozinhas, as vezes é muito melhor estarmos solteiras do que em uma
relação de submissão, mesmo que sutilmente.
Confesso que tenho um pouco de receio desse "mundo
moderno", onde há mais medo de se envolver, do que o arrependimento de não
ter tentado. Onde as conversas não se prolongam.Onde muitos não veem que vale a
pena conhecer, investir, ou simplesmente, tentar. O bom da vida é colecionar
histórias! Até mesmo as ruins, pois elas servem de aprendizado.
E se não rolar um cara , eu vou me divertindo comigo mesma, ou com meu
Bilú(vibrador), prefiro assim do que transar com homem idiota. Deixo o conselho
para todas!
Um beijo!
Karlinha Ramalho
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