Ele vem com aquele charme de cowboy do asfalto, uma botina, uma
calça apertada e um chapéu...
Tudo começou quando parei em um barzinho só pra tomar uma
cerveja e nesse bar tava tocando uma dupla de sertanejo raiz. Já percebi logo o
olhar do violeiro, olhando por debaixo da aba do chapéu. Fiquei ali, entre um
olhar e um charme, ao som de uma toada
caipira. Depois de tocar, outros violeiros continuaram e eis que ele me pediu uma dança. Dalí em diante, fui laçada por um cowboy, ou melhor, um
caipira. O caipira mais descolado que já conheci.
Deixou seu cheiro impregnado em mim. Dormi com seu cheiro e
ao som de sua toada nos pensamentos. Depois de alguns contatos, ele veio atrás,
não veio a galope, mas veio de chapéu. E eu, me entreguei ao som de um modão apaixonado . Só fiz um pedido antes de me
entregar : “Não tire o chapéu”. Fui atendida!
“Nesses versos tão
singelos, minha bela, meu amor...”
(Karlinha Ramalho)
(Karlinha Ramalho)
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