Depois
do meu último período mestrual me bateu uma carência daquelas, não só de sexo,
mas uma carência bem maior, pois sexo até que estou evitando ultimamente. Juro!
Simplesmente por uma questão de energia. Parei pra pensar no tanto que sexo é
uma troca de energia cabulosa e daqui pra frente quero focar muito nessa troca
de energia com alguém que esteja disposta a fazer uma troca justa e boa.
Estou
até com preguiça de sexo, sabia¿ Ter que me arrumar, depilar, escolher lingerie.
Pois é assim quando não se tem tanta intimidade. Estou preferindo as coisas que
acontecem espontaneamente. Ando dispensando sexo por aí por pura preguiça,
também.
Amando
minha soletude, de pernas pro ar,
sozinha em casa, meus livros, minhas músicas, minha vidinha. Depois de anos de
militância, estou na minha fase mais egoísta e sem culpa na cabeça.
Confesso
que sinto falta de uma boa companhia, um papo agradável, um vinho e se o sexo
vir como consequência, ótimo! Algo que vai além da carne, estou sentindo mesmo é falta de troca, algo
bem complicado em uma geração de amores e relações líquidas.
Não
estou aqui querendo ser conservadora. É que com o passar do tempo vamos(pelo
menos eu) sentindo falta de algo mais, nem precisa ser necessariamente uma
relação, pode ser momentos de trocas, basta estar disponível para conhecer o
outro sem pretensão e se rolar algo a mais, com certeza será fruto de uma
construção e senão rolar, a troca já é uma experiência. Conhecer o outro é
sempre uma experiência que pode ser boa, mas nos dias de hoje as pessoas caem
nesse jogo deprimente de não querer gostar, de não mandar aquele recadinho,
pensando no que a pessoa vai pensar, se ela vai sumir, ou se ela vai achar que
você vai ficar no pé. No fundo, pode ser só um convite pra sair, pra dançar,
pra conhecer, conversar...Simples assim! E estão todos presos nessas paranóias
ou nessas regras idiotas. Essa geração de desapego está cada dia mais presa,
porque não há nada melhor do que se entregar e permitir. E não falo somente de
sexo, na verdade, nem estou pensando nisso. Falo de se permitir conhecer o
outro de uma maneira salutar.
Recentemente
tava nessa disposição. Pacientemente conhecendo um rapaz, mas depois do
primeiro encontro , o sumiço dele. Uma
noite agradável que se resumiu a um papo ótimo e um sexo razoável (não gozei),
mas repetiria a noite se fosse possível. Até tentei, mas percebi a distância,
mas tentei, me permiti conhecer, mandei o recado sem pretensão e estou pouco
me lixando para o que ela deva estar pensando.
Enfim,
pelo menos eu posso continuar aqui, lendo, ouvindo música, perna pra cima,
minha vidinha...Segue!
(Tentando
sobreviver nesse mundo,onde a “carne” é prioridade, estou pensando muto
além...)
Karlinha Ramalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário