Não “agüentava”
mais de “uma”, mas a que “dava” valia por muitas. Me deixava em êxtase e ao
mesmo tempo sem força.
Dormia
logo em seguida, gostava de dormir abraçado. Prendia-me em seus braços e eu
ficava sem ter pra onde fugir. Ficava alguns minutos ali, presa. Não me importava!Gostava de sentir sua pele junto a minha, sentir o seu cheiro,
sua respiração forte. Ainda bem que não roncava!
Pela
manhã, eu acordava do outro lado da cama. Não sei como ia parar ali, mas apenas
dormindo eu me libertava. A primeira coisa que fazia era subir em cima dele e
garantir o sexo da manhã, o sexo dos Deuses, o sexo da juventude, o sexo do Bem
Viver.
Transávamos
ainda inebriados do sono, mas era bom, era intenso...Estou demorando a ter a energia que sentia quando transava com ele.
Resta-me
fotografias, desejos noturnos, prazeres solitários...
Karlinha Ramalho