sábado, 12 de novembro de 2016

Eu ao fundo...


No fundo
Sou apenas farsa
Atrás de toda imponência

Covardia 
Por trás de toda ousadia
Medo 
Por trás da falsa coragem

Injustiça
Por trás de toda verdade
Sou fraca 
Fingindo ser forte

Sou humano
Querendo voar
A beira do abismo

Poderia ser sabedoria
Mas só sei ser grito.


(Karlinha Ramalho)

Vestígios...


"No meu quarto
Ficaram os seus vestígios
Uma "ponta" no cinzeiro
Seu cheiro no travesseiro
E a saudade do seu abrigo..."

(Karlinha Ramalho)

domingo, 6 de novembro de 2016

Sou uma monstrinha!

É sempre válido fazer uma certa análise sobre ressurreição.Pode ser até mesmo o conceito cristão, “Morrer pra nascer de novo” e isso é incrivelmente importante pra nos tornamos pessoas melhores.
Morrer não no sentindo literal da palavra, tem muito haver com recomeços. No meu caso, eu não morri, mas perdi. Perdi pra mim mesma, perdi alguém legal, por um instinto de defesa que acabei criando depois de tantas decepções. E é claro que tudo isso misturado com álcool, vira uma coisa bem maior, uma monstruosidade mesmo.
Virei um mostro, tentando defender essa minha liberdade que conquistei, mas no fundo não sou livre. Estou presas a tantas mágoas e rancores, que me deixam na defensiva e acabo magoando pessoas que entram em minha vida. Eu mesmo me saboto, destruo minhas relações antes de começá-las.
Eu desaprendi à amar de maneira saudável, eu não sei deixar alguém me amar, desaprendi a me relacionar, não consigo ter relações estáveis. Sou uma monstrinha!!
Virei uma mostra que cuspiu fogo e queimou todos os sentimentos bons que estava surgindo em uma relação boa, cuspi fogo, queimei alguém e me queimei muito mais. Perdi! Sou brasa, últimas faíscas de um fogo nocivo.
Virei mostra, queimei e morri!
A maturidade tem me ressuscitado e me tornando uma pessoa melhor. Não sei se ainda sou monstra. Talvez ela esteja adormecida dentro de mim.

Vou mudar, por mim!

Karlinha(monstra) Ramalho