segunda-feira, 22 de julho de 2013

Karen!

    Reparei no seu esmalte lilás, enquanto a comia por trás. Transávamos no banheiro e ela segurava na parede. Vi o contraste do seu esmalte lilás com o azulejo branco. Nunca vi Karen sem está com a unha pintada. Seus esmaltes eram sempre cores fortes, cada semana uma cor diferente, vermelho, lilás, laranja, teve uma vez que até colocou um verde florescente. No dedo anelar um anel bem grande e no indicador um bem discreto. Ela nunca se esquecia do esmalte e do anel.
  Karen gostava realmente de sexo, sua buceta era bem apertadinha e seus peitos macios e bicudos. Nunca chupei um peito tão bom como aquele. Karen chupava meu pau  como se fosse um sorvete de limão, lambia todo, chupava com gosto, sugava o que tinha em mim, sugava minha alma.
      Ela começou a ficar apegada. Mandava umas mensagens meio apaixonada e eu medroso e estúpido, comecei a achar que me envolver seria ruim. Medo de me entregar. Medo de ser responsável por um sentimento alheio.
    A gente tinha sintonia no sexo. Ela demorava a gozar, não permitia que eu tirasse a camisinha, mordia meu ombro, gostava de cavalgar e quando gozava caía em cima de mim. Suas unhas apertavam meu braço e ela gemia tão gostoso, até que dormia pegando na minha orelha, depois de me beijar bastante.
     Karen começou a sair sem se despedir. Pegava a chave do seu carro e vazava. Quando acordava e olhava para o lado, só via o travesseiro. Mesmo indo, ela deixava o meu quarto com o seu cheiro.Aliás, ela nunca esquecia de passar seu óleo perfumado quando vinha me encontrar. Uma vez ela me disse que o óleo chamava “Sexy Hot”.Procurei em todas as lojas de perfumaria e nunca encontrei. Aquele cheiro pertencia a ela, era dela, único.
     Transava com ela, mas nunca ligava depois. Ela parou de me mandar mensagem e só me ligava quando estava a fim de transar e eu topava na maioria das vezes. Sua buceta era sempre lisinha, um pêssego. Gemia tão alto quando eu passava minha língua.

   Quando não transava com Karen eu ia procurar sexo na rua. Ia para umas festas com pessoas fúteis, mas repletas de mulheres bonitas.Em uma dessas festas consegui chegar numa garota linda, linda mesmo, tipo top model.Posso dizer que era até mais bonita que a Karen. Conversamos a noite toda, mas nada de assuntos muito profundos. No final da noite me ofereci para levá-la em casa. Ela se chamava Vanessa, tinha 26 anos e era estudante de Educação Física.A chamei pra tomar um vinho na minha casa. Sempre usei essa desculpa do vinho, pois ninguém chama outra pessoa pra tomar uma refrigerante com alguma intenção sórdida. Chegando à minha casa começou a rolar um clima, ela até beijava bem, mas não tinha muita pegada, não deixava eu passar a minha “mão boba” e ficamos o tempo todo nos beijando no sofá.A chamei pra ir ao meu quarto e ela foi, me deixou  pegar em quase tudo, mas não quis me dar nem a pau!!!Caralhooo!

     Desisti! Então a levei pra casa e prometi ligar no dia seguinte.Voltei para casa e comecei a pensar em Karen. Se fosse ela ali teríamos feito um sexo magnífico, tomaríamos banho juntos, ficaríamos super bêbados tomando vinho, ouviríamos Elvis na maior altura, transaríamos no sofá e acabaríamos na cama. Acordaria sozinho, com um bilhete dela na cabeceira da cama dizendo: - "Adorei a noite, gato.Até breve!"
     Liguei para a bonitona que não quis trepar comigo e a chamei para comermos algo. Fomos pra um barzinho perto de sua casa  e ela nem sinal que queria trepar comigo. Não gostava muito do assunto dela, falava muito de Educação Física e eu sempre fui um sedentário convicto. Trocamos alguns beijinhos e carícias, a chamei para ir à minha casa e ela disse que não estava interessada em ir,  então a deixei em casa e voltei a pensar em Karen. Comecei a me questionar porque eu liguei pra essa garota: - Só por que ela é  uma gata? Mas ela não transava...
     Nunca soube onde Karen morava, nunca a deixei em casa. Ela fazia questão de ir sempre com o seu carro e ir embora sem se despedir. Na mesma hora tentei ligar pra Karen e só caía na caixa de mensagem, mandei mensagem e não tive resposta.Então, só me restou bater uma punheta pensando nela.
     Continuei indo para as festas atrás de sexo, até conseguia, mas nada comparava as trepadas que dava com Karen. Ninguém chupava meu pau com tanto gosto como ela. Ninguém tinha peitos tão macios como o dela. Nunca mais liguei pra gostosa que não trepava, mas um certo dia a encontrei na balada, eu estava bastante bêbado e ela veio puxando assunto. Tive a estupidez de perguntar a ela: - Porque você não quer trepar comigo?Ela jogou água na minha cara e me deu as costas. No final da festa a encontrei bêbada, ela me agarrou e me deu um beijo que me deixou de pau duro. Na mesma hora a puxei e a levei para minha casa. Foi um sexo massa, apesar de ter feito  muito bêbado, foi realmente um sexo massa.
      Quando acordei, ela estava nua e deitada no meu peito, dormia tão lindamente. Tinha os cabelos bem lisos e loiros. Bem diferente de Karen, que tinha os cabelos cheios e bem cacheados.Tinha os peitos grandes e os quadris largos. Já Karen, era magrinha, peitos grandes, bem bicudos e uma bundinha na medida. Assim que acordou me fez uma pergunta - Quem é Karen?
Eu:
- Por que a pergunta?
Ela:
- Você me chamou a noite inteira de Karen.
Eu totalmente sem graça e gaguejando, não soube como responder direito:
-Éeeeeeee!Sabe o que é?Me desculpa por ter a chamado por outro nome, tava muito bêbado e sabe como são essas coisas...
Ela:
- Tudo bem, só estou perguntando quem é.
Eu:
- Não é ninguém. Quer dizer: Não é ninguém importante.
Fiquei esquisitão depois disso. A deixei em casa e ela percebeu que fiquei diferente depois do que ela me disse. Quando foi descer do carro falou:
- Eu tenho certeza que essa Karen é alguém importante pra você.
         Engraçado! Eu nunca havia pensado dessa forma. Da importância dela na minha vida.Liguei milhões de vezes pra Karen durante todo o dia e nada dela atender ou me retornar.Depois de alguns dias comecei a beber e a pensar nela o tempo todo.Às vezes saía com a Vanessa, tínhamos umas transas mais ou menos, mas  dava pro gasto. 
            Senti que ela começou a se apegar e eu não tirava a Karen da cabeça.Toda vez que tenho uma mulher "na mão" eu acabo não dando valor ou querendo outra.Desta vez eu estava querendo resgatar o que tive com Karen e não dei valor.Sou um completo idiota!

         Nunca me esqueço do primeiro dia que a conheci.Fui curtir um showzinho de uma banda cover dos Beatles em um Pub bem transado aqui da cidade e lá vi  uma mulher tomando  vinho no balcão e cantando todas as músicas.Estava de calça jeans, sapatilhas pretas, cabelo alto e solto, umA jaqueta jeans e um top por dentro.Ficava sempre sentada é só se levantava pra ir ao banheiro.Resolvi me aproximar. Ela me olhou, demonstrou interesse, puxou assunto. A convidei para sentarmos em uma mesa e ela aceitou.A banda parou e conversamos a noite inteira. Entre uma taça de vinho e outra, a conta chegou e ela fez questão de rachar comigo.A convidei pra minha casa, ela aceitou.Coloquei “Grand Funk” na vitrola e continuamos a conversar bastante. Eu já estava adorando, rindo, solto, conversando alto.Que mulher maravilhosa.!Tava doida pra comê-la, mas não sabia como chegar. Até que o papo começou a ser sobre sexo. Papo vai e papo vem e eu perguntei a ela:

 - Você já transou com mulher?
Ela:
 - Sim. Por que a pergunta?
Eu:
 - Curiosidade. Você gostou?
Ela:
 -Mais ou menos. Gosto mesmo é de pau!
 - Mas também gosto de peitos.Se fosse homem ia gostar mais de peitos do que de bunda.       Chupar peitos é muito bom.
Eu:
- Com certeza!!Chupar peitos é maravilhosamente bom.
Ela:
- Quer chupar os meus?
 
    Pronto! Foi à deixa. Fui abrindo sua jaqueta e devorando aqueles peitos maravilhosos.Ela montou em cima de mim e trepamos ali mesmo no sofá.Ela cavalgando e eu apertando sua bunda com tanta força, chupando seus peitos, beijando.Trepada divina!

     Ela me ligou no dia seguinte e eu nem dei muita atenção e agora  aqui estou,  implorando para que ela atenda meu telefonema.
     Depois de quase dois meses atrás dela, sem obter respostas, a vi no supermercado.Ela estava linda! Com uma calça preta apertada, uma bota por cima da calça, uma jaqueta de couro e um top branco por dentro da blusa.Sexy como sempre!Exalando sexo! Meu pau ficou duro só de ficar olhando pra ela.Fiquei a observando de longe, acompanhei toda a sua rota no supermercado. No seu carrinho tinha uma caixinha de cerveja e algumas frutas. Ela parou na sessão de vinho, ficou um bom tempo analisando cada um, mas pegou o de sempre. Aquele que ela gostava e que sempre bebíamos juntos.Por um instante pensei que me ligaria naquele dia pra tomarmos aquele vinho.
   Colocou o vinho no carrinho e foi até o caixa. Passou as compras e foi em direção ao estacionamento e eu sempre a observando de longe, então quando ela guardava as compras no porta-malas do seu carro eu a chamei:  - Karen!
Ela olhou pra trás, ficou um pouco assustada e ao me ver. Tratou-me com cordialidade:
 
- Oi Alex!Tudo bem com você?
Eu:
-Tudo bem sim. Te liguei tanto.Por que não me atendeu?
 Karen:
-Perdi meu celular  e lá se foram  todos meus contatos . Ainda tive que mudar de número.
Eu:
Me passa seu número novo, estou morrendo de saudades.
Karen:
- Melhor não, Alex. Estou namorando.
Eu:
- Namorando?Como assim?E a gente?
 
Ela ficou um tempo calada, emburrou o rosto e com a voz bem firme ela me respondeu:
- Como assim, a gente?Nunca teve a gente! O que tivemos foi uma temporada de sexo casual, porque você escolheu assim. Quando te ligava ou mandava mensagem você nunca me respondia, quando comecei a ficar a fim, você deixou bem claro que nossa relação não passaria daquilo.E você é um "Filho da Puta" que trepa bem pra caralho e acabei entrando no seu jogo de sexo sem compromisso!!!! Mas, agora eu encontrei alguém que me dá muito além disso. Me valoriza não só porque eu sou gostosa na cama, pois  isso seu sei que sou. Agora estou com alguém que me admira pelo o que eu sou como um  todo. Foi delicioso enquanto durou, mas agora nem rola mais e a culpa e totalmente sua.Beijo, tchau!
     Karen entrou no carro e partiu. Eu fiquei ali parado no meio do estacionamento sem reação.Sou um idiota!!! Um tremendo idiota!! Um típico homem que pensa com a “cabeça” de baixo!! Perdi Karen pra sempre.Perdi!
     Saí a  xingando de tudo quando é nome dentro do carro: - Puta, safada, piranha, vagabunda!!! Deve tá trepando de quatro com outro babaca aí!!!!Depois que abusou de mim, partiu pra outra!!
       Na verdade toda essa raiva era de mim mesmo, pois ela me quis de verdade por um tempo. Eu que não aproveitei. Ela fez meu jogo, entrou nesse jogo de sexo casual e quando encontrou alguém que percebeu a mulher que ela era, além do sexo ,ela se jogou em uma nova relação. Relação essa que era pra ser comigo. Droga!!!

     Cheguei em casa desnorteado, tomei um whisky  atrás do outro. Fiquei pensando em Karen.Bebendo, bebendo, bebendo.Pensei em ligar pra Vanessa, mas depois achei melhor não.Aquele momento era pra pensar em Karen, era pra pensar no que perdi e no que vivi também.Fiquei super bêbado, pensei em sair, mas do jeito que estava não conseguiria dirigir.
     Deitei na cama e fiquei pensando nela. Metendo nela de quatro, ela chupando meu pau com toda vontade do mundo. Eu colocando meu pau entre seus peitos.Fiquei de pau duro!
Resolvi tomar um banho pra ver se ficava melhor. Entrei no meu banheiro de azulejos brancos, liguei o chuveiro e comecei a bater uma punheta.Olhando pra parede eu só conseguia lembrar de como seu esmalte lilás combinava com o azulejo branco do meu banheiro.Enfim!
      Aaaaaaah, gozei!
      Fui deitar e acordei sem seu cheiro, sem seu bilhete, sem nada e ainda de pau mole.
   Levantei, tomei um café amargo pra curar a ressaca.Olhei no meu celular e não vi mensagem de mulher nenhuma.
 Pensei comigo: - Será que Vanessa vai querer fazer alguma coisa hoje à noite?Melhor mandar uma mensagem.



Karla Ramalho(Em sua versão mais "escrachada" de todas)

4 comentários:

S.S. disse...

CA-RA-LHO!!! Melhor conto de tudo o que eu já li aqui... Consegui ver partes da minha vida, em momentos diferentes da história...
É duro mesmo, saber que vc é a peça que encaixa, e saber que por medo, o cara te abandona.
Espero que como a Karen, todas as mulheres tenham a chance de dar esse troco bem dado. Que todos os Alex na vida, acabem com uma meia foda com uma mulher sem graça, e que todos os sortudos homens decididos encontrem suas karens.

Diário indiscreto e outras confissões... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diário indiscreto e outras confissões... disse...

Bom que vc entendeu a essência do conto.É exatamente isso, homens que têm medo de mulheres bem resolvidas que assumem gostar de sexo, independentes.Para esses homens medrosos acaba restando as "sem graça", sem desmerecer mulher nenhuma...Bjo!

Anderson Lopes disse...

Karen é que era mulher de verdade!