
Descobri o oral, não me pediram permissão, ele abriu minhas pernas e meteu a língua direto na fonte. Descobri minha garganta, não me pediram também, baixaram minha cabeça e eu quase morri sem fôlego, mas depois gostei,não o primeiro, mas um terceiro, cheiroso demais. Descobri o anal da pior maneira, foi horrível,quis morrer, voltei de novo a conviver só eu e ela e o falo de silicone. Traumas que me deixaram longe de corpo, beijo e suor.
Descobri o amor, o amor misturado com o sexo que me levou ao paraíso, descobri que posso ter paz com isso.
Descobri o sexo vazio que me deixou suja, descobri que um papo vale mais do que um gozo imundo no meu rosto.
Descobri de novo o anal, com gosto, com jeito, descobri direito. Me descobri, me descobrindo, me tocando, me policiando, chorando, sorrindo.
Os traumas eu supero com amor, a cada homem que me machucou, eu escrevo sobre eles, amasso o papel e queimo.
A cada pessoa que me amou, por muito tempo ou por uma noite, eu agradeço pela troca, pela energia que te dei e pela energia que me deu de volta.
Amo o meu corpo flácido e com estrias, amo todas as possibilidades de prazer que ele me traz e que já retribuir, amo permitir que alguém faça dele universo, verso e se ninguém faz eu mesma faço.
Karlinha Ramalho.
2 comentários:
Mulher, mulher, mulher
Parabéns por ser!
viceral e obscenamente literal :)
Paco
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