sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Eu...

Janeiro chegou e a rotina de volta, a sensação de mudança só acontece na virada, mas vem chegando o resto da semana e percebemos que tudo continua na mesma, se bem que ainda não comecei minhas aulas na faculdade e meu chefe me liberou para fazer meus trabalhos em casa, pois como os alunos estão de férias, posso fazer tudo que tenho para fazer no conforto do meu lar.

Agora estou de volta a minha kitnete em Luziânia, ainda acordando tarde, colocando minha vida em ordem, se bem que eu não saí de ordem como eu queria nesse curto recesso que tive, mas mesmo assim aproveitei um pouquinho.Ficar aqui em minha casa em Luziânia há uma vantagem e uma desvantagem, a vantagem é que eu fico sozinha, ninguém incomoda, dar pra ler tranqüilo, escrever. A desvantagem é que não tem internet, é um pouco longe de tudo e eu fico comendo toda hora e sempre sonolenta, ainda não tenho a faculdade para me distrair de noite.

Sem falar que aqui é o único lugar que tenho para refletir sobre um monte de coisas da minha vida e com isso começa a bater aquela nostalgia, aquela falta de amor verdadeiro, coisas que nunca penso quando estou na casa dos meus pais e perto dos meus amigos, fico ouvindo Maria Bethânia, Leoni, Nando Reis, todas aquelas músicas que te fazem pensar naquilo que você não quer pensar ou talvez queira pensar, sei lá!

Parece que sempre está faltando algo na minha vida que não sei explicar, se tivesse grana eu faria terapia, não porque eu acho que esteja precisando, mas porque deve ser legal (eu acho). Bom, devo lembrar que estou um tempinho sem sexo e isso pode ser crise de abstinência (será?), mas só sei que está tudo ficando meio esquisito. Vou terminando por aqui esse meu post sem sentido, pois amanhã tenho tanta coisa pra fazer.

Ah, agora pouco estava lendo um livro do Fernando Pessoa e gostei dessa poesia, que na verdade é de seu heterônimo, ela combinou com esse momento.


Karla Ramalho

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Eu, eu mesmo...

Eu, cheio de todos os cansaços

Quantos o mundo pode dar

Eu...

Afinal tudo, porque tudo eu.

E até as estrelas a que parece.

Me saíram da algibeira para

deslumbrar crianças...

Que crianças não sei...

Eu...

Imperfeito?Incógnito?Divino?

Não sei...

Eu...

Tive um passado?

Sem dúvida...

Tenho um presente?

Sem dúvida...

Terei futuro?

Sem dúvida...

A vida que me pare de aqui a pouco

Mas eu, eu...

Eu sou eu,

Eu fico eu,

Eu...

(Álvaro de Campos)

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