terça-feira, 24 de novembro de 2015

Não tire o chapéu!


Ele vem com aquele charme de cowboy do asfalto, uma botina, uma calça apertada e um chapéu...
Tudo começou quando parei em um barzinho só pra tomar uma cerveja e nesse bar tava tocando uma dupla de sertanejo raiz. Já percebi logo o olhar do violeiro, olhando por debaixo da aba do chapéu. Fiquei ali, entre um olhar e um charme, ao som de  uma toada caipira. Depois de tocar, outros violeiros continuaram e eis que ele me pediu  uma dança. Dalí em diante,  fui laçada por um cowboy, ou melhor, um caipira. O caipira mais descolado que já conheci.
Deixou seu cheiro impregnado em mim. Dormi com seu cheiro e ao som de sua toada nos pensamentos. Depois de alguns contatos, ele veio atrás, não veio a galope, mas veio de chapéu. E eu, me entreguei ao som de um modão  apaixonado . Só fiz um pedido antes de me entregar : “Não tire o chapéu”. Fui atendida!
“Nesses versos tão singelos, minha bela, meu amor...”

(Karlinha Ramalho)

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